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Crises não são apenas as grandes tragédias

Foto do escritor: Gestão de Crise Prática GCPGestão de Crise Prática GCP


Quando você pensa em crise corporativa, o que vem à sua cabeça? Certamente as grandes tragédias, como quedas de aviões, rompimentos de barragens, desastres ambientais ou naturais. São os tipos de crise que mais afetam a sociedade, causando comoção e forte acompanhamento por parte da imprensa. Justamente por ocuparem esse grande espaço no imaginário popular, acabam virando sinônimo de grandes crises.


Destroços do avião da Gol que caiu em 2006, em plena crise do caos aéreo
Destroços do avião da Gol que caiu em 2006, em plena crise do caos aéreo

Mas é um erro imaginar que as crises são apenas as grandes tragédias, que viram capas de revistas e ocupam amplo espaço nos noticiários e redes sociais. As crises estão muito mais perto do dia a dia das organizações do que se pode imaginar.


Crises são eventos imprevisíveis e perturbadores que afetam negativamente empresas de todos os tamanhos e setores. Enquanto grandes desastres, como quedas de aviões, incêndios ou desastres naturais, são exemplos óbvios de crises, as pequenas crises também têm o potencial de interferir significativamente nos negócios. É por isso que o gerenciamento de riscos é crucial para minimizar as possibilidades e, quando elas surgirem, saber como lidar com elas.


Pequenas crises e seus impactos


As pequenas crises podem surgir em diferentes formas e ter diferentes origens. Por exemplo, um problema de qualidade com um produto ou serviço, um erro de comunicação com os clientes, uma questão na contabilidade ou uma falha na cadeia de suprimentos. Mesmo que esses eventos parecem menos preocupantes, eles têm o potencial de impactar negativamente a imagem e reputação da empresa, afetando a confiança dos clientes e a fidelidade à marca. Uma falha de um fornecedor que não entrega para uma empresa a principal matéria-prima pode paralisar a produção, causando uma grande crise, sem que isso vá parar nos noticiários ou cause comoção em seus clientes.


Uma falha de contabilidade pode até colocar sua empresa na mídia, como o recente caso das Lojas Americanas, mas não é algo que será discutido pelas pessoas na mesa de um bar ou provocar discussões acaloradas como o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho. Se uma queda de avião inibe passageiros de voar nos dias seguintes à tragédia, ninguém deixa de comprar algo de sua empresa simplesmente por causa de um erro do contador.



Além disso, essas pequenas crises podem afetar a produtividade e a eficiência da empresa, causando perdas financeiras e tempo precioso da equipe de gerenciamento. Quando uma crise ocorre, a equipe pode se concentrar inteiramente em resolvê-la, deixando outras tarefas importantes de lado.


Gerenciamento de risco


O gerenciamento de riscos é uma abordagem proativa que visa identificar e mitigar os riscos que podem afetar negativamente uma empresa. Isso envolve avaliar e analisar os riscos potenciais, implementar medidas preventivas e planejar estratégias de contingência caso algo dê errado.


Um plano de gerenciamento de riscos eficaz deve ser abrangente e abordar todos os aspectos do negócio, desde a segurança cibernética até o gerenciamento de fornecedores e funcionários. Ao implementar um plano de gerenciamento de riscos, a empresa pode reduzir significativamente a probabilidade de crises e estar melhor preparada caso uma crise ocorra.


Comitê de crises


Embora a prevenção seja fundamental, é importante reconhecer que as crises ainda podem ocorrer, mesmo com um plano de gerenciamento de riscos sólido em vigor. É por isso que é crucial ter um comitê de crises para lidar com situações difíceis e imprevisíveis.


Um comitê de crises é um grupo de indivíduos designados para gerenciar crises quando elas ocorrem. O comitê deve incluir representantes de todas as áreas do negócio, incluindo gerenciamento sênior, relações públicas, jurídico e tecnologia da informação. O comitê deve estar preparado para agir rapidamente e tomar decisões informadas durante uma crise.


O comitê de crises deve ser responsável por desenvolver e implementar planos de ação para lidar com crises, incluindo medidas para minimizar o impacto da crise nas operações da empresa, na imagem da marca e nos relacionamentos com clientes e outras partes interessadas.


Cada membro do comitê deve ter responsabilidades claras para garantir uma gestão eficaz da crise. Essas responsabilidades podem incluir:


  • Identificar e avaliar riscos potenciais;

  • Desenvolver e implementar planos de ação para crises específicas;

  • Gerenciar as comunicações com as partes interessadas, incluindo funcionários, clientes, fornecedores e o público em geral;

  • Gerenciar as operações da empresa durante a crise;

  • Coordenar com as autoridades locais e outras organizações relevantes;

  • Avaliar os danos e gerenciar a recuperação após a crise;


Além disso, o comitê de crises deve estar disponível 24 horas por dia para lidar com crises em tempo real e ser capaz de comunicar informações claras e precisas para o público em geral. A comunicação transparente é fundamental para manter a confiança do público na empresa e minimizar o impacto negativo da crise.


Conclusão


Crises podem surgir em qualquer momento e afetar negativamente empresas de todos os tamanhos. Enquanto grandes desastres recebem mais atenção, as pequenas crises também têm o potencial de interferir significativamente nos negócios. É por isso que o gerenciamento de riscos é crucial para minimizar a possibilidade de crises e, quando elas surgem, saber como lidar com elas


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